Na última cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, o Brasil e o Uruguai optaram por não assinar um comunicado conjunto liderado pela Argentina, que pede o restabelecimento da democracia e o respeito aos direitos humanos na Venezuela. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente uruguaio, Yamandú Orsi, expressaram preocupações sobre a interpretação que poderia ser dada ao documento, especialmente em relação a possíveis ações militares dos Estados Unidos na região.
O comunicado emitido por líderes como o presidente argentino, Javier Milei, e autoridades do Paraguai e do Panamá, manifestou “profunda preocupação” com a grave crise humanitária e social que afeta a Venezuela, que foi suspensa do Mercosul em 2017 por violar a ordem democrática.
O documento reafirma o compromisso dos países em buscar uma solução pacífica para a situação, sem mencionar as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela. Lula, em seu discurso, enfatizou que uma intervenção militar poderia resultar em uma catástrofe humanitária e alertou para os riscos que isso representa para a estabilidade da América do Sul.
A Venezuela, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, enfrenta sérios desafios econômicos, e as ações dos EUA, que incluem bombardeios e apreensões de navios, são vistas como uma tentativa de controle sobre seus recursos naturais. A ausência do Brasil na assinatura do comunicado mostra a cautela do governo em relação à crise venezuelana, buscando evitar uma escalada de conflitos na região.










